Saúde

Gripe Aviária: A Crise no Mercado Brasileiro

Paises suspendem importação de frango do Brasil por causa gripe aviária

17.05.2025 21H02

17.05.2025 21H02

Após a detecção de um caso de gripe aviária em uma granja localizada no Rio Grande do Sul, diversos países que tradicionalmente importam frango do Brasil decidiram suspender temporariamente as compras. Essa medida afeta diretamente as exportações brasileiras e traz impactos significativos ao setor avícola nacional.

Entre os principais mercados que já anunciaram restrições, seja de forma total ou parcial, estão China, União Europeia, Argentina, Uruguai, Chile, México, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. A decisão desses países reflete a preocupação internacional com a segurança sanitária e evidencia o grau de dependência do Brasil em relação às vendas externas de carne de frango.

Por enquanto, o governo brasileiro e representantes do setor produtivo buscam soluções para reverter a situação e minimizar os prejuízos, ao mesmo tempo em que reforçam as medidas de controle sanitário nas regiões afetadas.

Gripe Aviária: A Crise no Mercado Brasileiro

O que aconteceu


Após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, o Ministério da Agricultura decretou estado de emergência sanitária com validade de 60 dias. A medida busca conter a disseminação do vírus e levou à suspensão das exportações de carne de frango para diversos parceiros internacionais.

Imediatamente após o anúncio oficial, países como China e União Europeia impuseram restrições às importações. De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, os embargos abrangem todo o território brasileiro e foram anunciados ainda na manhã de ontem, poucas horas depois da detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Rio Grande do Sul.

Além dessas potências comerciais, outras nações da América Latina também tomaram providências semelhantes. Argentina, Uruguai, Chile e México decidiram interromper temporariamente a compra da proteína brasileira. Em nota, o governo argentino destacou que já vem adotando estratégias para evitar a entrada do vírus em seu território, principalmente nas áreas de criação de aves.

Enquanto isso, o Brasil tenta preservar a confiança do mercado externo e reforça a vigilância sanitária nas regiões afetadas, com o objetivo de retomar as exportações o quanto antes e proteger sua produção avícola.

Restrições a todo território nacional

Restrições a todo território nacional

Além dos embargos amplos já anunciados por China, União Europeia, Argentina, Uruguai, Chile e México, outros países optaram por uma abordagem mais específica. Esses países aplicam restrições somente na área próxima ao foco — um raio de 10 km da granja com detecção do vírus no Rio Grande do Sul. Chamada de regionalização, essa medida segue diretrizes da OMSA e já foi adotada por Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. Com isso, esses países continuam comprando frango produzido em outras regiões do Brasil.

A dimensão do impacto é significativa, considerando a relevância do Brasil no cenário global. O país ocupa a liderança como maior exportador mundial de carne de frango. Em 2024, 35,4% da produção brasileira foi destinada ao mercado externo, o que representou um total de 5,3 milhões de toneladas embarcadas. Essas exportações, direcionadas a 151 países, geraram US$ 9,9 bilhões, conforme dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Entre os compradores, a China se destaca como o maior destino da proteína brasileira. Em abril, a China importou 51,9 mil toneladas de frango do Brasil, o que corresponde a 10,9% das 475,9 mil toneladas exportadas no mês. Na sequência, a União Europeia aparece com 28,6 mil toneladas, o equivalente a 5,63% das vendas externas registradas no mesmo período.

O governo e o setor produtivo acompanham a situação e ampliam ações para mostrar controle sanitário e recuperar a confiança dos países importadores rapidamente.

Consumo

Mesmo com a confirmação do vírus no Brasil, autoridades asseguram que comer carne de frango e ovos não oferece risco à saúde da população. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, esclareceu que o perigo está restrito ao contato direto com aves infectadas. “Não há risco no consumo. O risco existe para quem manuseia essas aves”, afirmou em entrevista à CNN.

Mesmo assim, ele recomendou cuidados básicos na hora do preparo dos alimentos. Segundo Fávaro, é importante evitar o consumo de carne de frango ou ovos crus. “Essa é uma orientação válida não apenas por causa da gripe aviária, mas também para prevenir outras doenças, como a Salmonella”, explicou.

O Ministério da Agricultura também divulgou uma nota oficial para tranquilizar a população. No documento, a pasta garantiu que os produtos já inspecionados continuam seguros para o consumo e que não haverá restrições nesse sentido. A nota informa que o risco de transmissão da gripe aviária para humanos é baixo, ocorrendo quase sempre em contato direto com aves doentes.

Sou um grande fã de jogos de RTS e filmes dos gêneros Comédia e Ficção-Científica. Gosto de assistir vídeos no YouTube com temas como: História, Mitologia e Ciência.

Tags: