20.05.2025 23H27
A polícia prendeu Sophia Livas de Morais Almeida nesta segunda-feira (19/5) dentro de uma academia em Manaus. Ela se apresentava como médica cardiopediatra. Ela é formada em Educação Física e ex-aluna de mestrado da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), mas não possui qualquer formação em Medicina.
Apesar disso, Sophia atendeu, por pelo menos dois anos, pacientes em situação de vulnerabilidade. Entre eles, estavam crianças com doenças cardíacas, gestantes de alto risco e pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Durante esse período, ela chegou a prescrever medicamentos controlados, emitir atestados falsos e até dar aulas em instituições de ensino superior.
A prisão aconteceu durante a Operação Azoth, conduzida pela Polícia Civil do Amazonas (PCAM). A ação também cumpriu mandados de busca e apreensão com o objetivo de desmantelar o esquema criminoso.
De acordo com as investigações, Sophia utilizava documentos falsos e simulava vínculos com figuras públicas para se apresentar como médica. Dessa forma, conseguia acesso a instituições de saúde e ampliava sua atuação como se fosse uma profissional registrada.
O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-UFAM) emitiu nota oficial para esclarecer que Sophia nunca fez parte do corpo médico da unidade. Seu único vínculo com a universidade foi como mestranda no curso de Ciências da Saúde, atuando apenas como educadora física.
Além de praticar ilegalmente a Medicina, ela também responderá por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Se ficar comprovado que você causou danos à saúde dos pacientes, as autoridades poderão indiciá-la por lesão corporal culposa.
A Polícia Civil segue investigando o caso e tenta identificar todas as vítimas. O nome de Sophia já circulava em grupos de saúde e nas redes sociais, onde ela promovia seus serviços como cardiopediatra, sempre reforçando a falsa identidade médica.
